FAZENDA
COLONIAL
CENTENÁRIA
QUALIDADE CENTENÁRIA ASSOCIANDO
QUALIDADE
AO CAFÉ ORGÂNICO

Fazenda Aracne: Protagonista na inserção da cultura do café no sul de minas

A sede colonial centenária da tradicional fazenda sul mineira, construída nas margens do Rio Grande é morada de histórias com mais de 200 anos.

O cenário é mesmo de tirar o folego e confere a antiga e suntuosa sede branca, com infindáveis e longas janelas azuis, uma posição singular se comparada as demais construções do período. Lugar que preserva indícios históricos não só de uma das mais importantes famílias locais no auge da produção agrícola nacional como é também testemunho (e protagonista) de um ofício sul mineiro: a produção de café. Ou melhor dizendo, do café de qualidade.

Originalmente de propriedade da tradicional família Garcia a fazenda foi uma das protagonistas na implementação do cultivo do café na região sul mineira durante o sec. XVIII. O primeiro a fazê-lo será o desbravador e alferes português Mateus Luís Garcia, que coloniza o território às margens do Rio Grande onde hoje está o povoado Congonhal . Antes de receber a outorga das terras pelas autoridades coloniais o alferes ocupa as terras e constrói uma capela em honra de São João Nepomuceno , realizando uma missa em 6 de março de 1776. Ritual que marca a origem da vila São João Nepomuceno das Lavras do Funil, atualmente chamada apenas de Nepomuceno.

A Fazenda

colonial

centenária

A região montanhosa, com altitudes próximas aos mil metros, conhecida também por sua terra vermelha (indício de sua fertilidade) foi assim o local escolhido pelos primeiros membros dessa família de origem inglesa protestante para fixar-se e começar a vida no Brasil. Um país que vivia intensas mudanças na forma de organização do trabalho com o fim da escravidão, proclamada pela Lei Aurea de 1888 pela Princesa Isabel.

O patriarca Sammuel Gontijo Garcia, conhecido como Samu Frade dá início então a fazenda batizada por ele de Fazenda Rio Grande.

A posição da sede foi cuidadosamente escolhida para relacionar-se com o Rio. Em uma elevação diante de uma curva do leito do rio, margeado por leves serras que emolduram a linha espessa de água que que se dirige ao horizonte. Dali as tardes clareavam-se em nuvens duvidosas entre o rosa e o amarelo, fazendo imaginar a construção. Arquitetada por um estrangeiro belga, que fazia as vezes de professor de piano das moças da casa, a sede é uma clássica construção do final do séc. XVIII. Com pé direito alto, longas e retangulares janelas com molduras azuis, telhas colônias, madeiras nobres e inteiriças nos pisos, cozinhas e salas grandes e quartos pequenos ou mesmo coletivos. Indício de uma intensa sociabilidade entre os moradores da casa e seus visitantes.

Mas ao contrário dos moradores locais católicos, a família Garcia era, em sua maioria, protestante. Razão pela qual a sede, diferentemente das demais famílias abastadas da região não possuía uma capela. No lugar dela havia próximo a sede uma pequena fábrica de telhas, de fumo e o curral onde a ética do trabalho associava-se a uma ética religiosa. Ser próspero para os protestantes era sinal de serem os escolhidos por Deus. Assim, sem a necessidade de mediadores, era necessário sobretudo fazer prosperar os plantios e não economizar no conforto da família _ ainda que sem ostentação.

A casa é indicio dessa ética.

Hoje renomeada como Aracne para atender novos propósitos que associam plantio orgânicos, especialmente do café, a qualidade e a produção de madeiras nobres. Apostando na tecnologia de precisão para obter alimentos seguros e de alta qualidade, sem perder de vista a tradição.

SEC. XVIII _ FAZENDA RIO GRANDE: SAMUEL GARCIA, DENISE GARCIA FRADE e família

SEC. XX _ FAZENDA “BELA VISTA” DO RIO GRANDE: ORLANDO INÁCIO DE MELO e ADRIENNE RABELO ANCHIETA

SEC. XXI _ FAZENDA ORGÂNICA ARACNE: ISABELLE ANCHIETA E JUAN JOSÉ PINO

PARCERIAS